sábado, 28 de maio de 2016

O poema e a paródia VIII



Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

O Bulling é algo que faz sofrer;
Faz feridas que machucam muita gente;
São marcas que ficam para sempre;
É dor que desafia o querer.

É um perceber e não querer;
É a discriminação andando por entre a gente;
É uma ação que ativa o inconsciente;
É perder a alegria de viver.

É uma prisão, fruto da maldade;
É servir ao agressor por temor;
É sentir-se excluído da sociedade.

Mas por que causar tanta dor
Nas pessoas que convivemos;
Se podemos oferecê-la amor?

(Larissa Aragão, Cleide, Jean Carlos)

A vida é tudo para um ser;
É nunca desistir nas dificuldades correntes;
É um desdobramento frequente;
É dor, alegria e querer.

É ter liberdade para escolher;
É saber conviver com os semelhantes;
É nunca deixar-se abater com o mal do presente;
É andar sem medo de morrer.

É viver em comunidade;
É fazer prevalecer o amor;
É pregar a justiça, paz e fraternidade.

Mas como explicar tanto horror
Nos corações da humanidade?
Talvez, seja falta de amor.

(Gabriel, Lucas, Everton, Patrícia Nolácio )

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