Nossos inimigos dizem: a luta
terminou.
Mas nós dizemos: ela começou.
Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.
Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.
Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgaremos.
É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.
Mas nós dizemos: ela começou.
Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.
Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.
Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgaremos.
É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.
Bertold
Brecht - 1898 – 1956
O burro
Era uma vez um rei que queria ir
pescar. Ele chamou o seu Ministro Meteorologista e pediu-lhe a previsão do
estado do tempo para as próximas horas. Este lhe assegurou que não iria chover.
No caminho, ele encontrou um
camponês montando seu burro que, ao ver o rei, disse:
‒ Majestade, é melhor
regressar ao palácio porque vai chover muito.
É claro que o rei ficou
pensativo:
‒ Eu tenho um Ministro
Meteorologista muito bem pago que me disse o contrário. Vou seguir em frente.
E assim fez... e, claro, choveu
torrencialmente, a pescaria ficou estragada e o rei encharcado e resfriado.
Furioso, voltou para o palácio e despediu o Ministro. Ele convocou o camponês e
ofereceu-lhe o cargo, mas este, sincero (não era político), disse-lhe:
‒ Senhor, eu não entendo
nada disso, mas se as orelhas do meu burro estão caídas, significa que vai
chover.
O rei, então, usou a lógica e
nomeou o burro. Assim começou o costume de nomear burros que, desde então, têm
as posições mais bem pagas nos governos.
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