domingo, 1 de junho de 2014

O Humor de Max Nunes II

       

Max Nunes por JBosco

O médico, humorista, compositor e escritor Max Newton Figueiredo Pereira Nunes, conhecido como Max Nunes, nasceu no Rio de Janeiro, em 1922 e faleceu nessa mesma cidade em 11 de junho de 2014

Formado em medicina, desviou-se da profissão para se tornar um escritor de humor do Brasil. Max Nunes começou a escrever para o rádio a fim de bancar a faculdade de Medicina. Mesmo depois de formado, não conseguiu largar o humor.

Pioneiro dos programas de humor no rádio e na TV, foi o criador e redator do programa "Balança, Mas Não Cai", grande sucesso da década de 1950, na Rádio Nacional, onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e Primo Pobre".

Levado ao ar pela primeira vez em 1950, "Balança, mas não cai" fez tanto sucesso que foi preciso repeti-lo no dia seguinte. Tinha dois horários: sexta-feira à noite e sábado à tarde, com 95% de audiência em ambos. Um fenômeno.

O programa "Balança, Mas Não Cai" migrou para teatro, cinema e TV com o quadro "Primo Rico e o Primo Pobre", interpretados respectivamente por Paulo Gracindo e Brandão Filho.

"Faça Humor, Não Faça Guerra", "O Planeta dos Homens"; "Viva o Gordo" foram alguns dos humorísticos em que Max Nunes trabalhou na Rede Globo. São dele bordões famosos (‘Tem pai que é cego’, ‘Não me comprometa’).

Como cronista é autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Vários sucessos de Jô Soares têm origem em textos de Max Nunes, como o das personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon.

Em 1964, quando, a pedido de Walter Clark, diretor-geral da TV Globo, o programa foi adaptado para a televisão, muita gente achou que o ‘Balança...’ perderia em charme e agilidade. Mas o texto de Max adaptou-se como uma luva e foi honrado com interpretações memoráveis de Paulo Gracindo e Brandão Filho, que formaram um dos quadros mais engraçados da televisão brasileira: ‘Primo Rico e Primo Pobre’.

Frasista de primeira, Max Nunes criou a Mulher Guilhotina, que fazia os homens perderem a cabeça e que definiu a Democracia como um regime em que “qualquer cidadão pode ser presidente da República, menos eu e você, naturalmente.” Mais que um humorista, é um filósofo da vida doméstica. Percebeu que “marido e mulher só olham na mesma direção quando a TV está ligada” e observou que “os homens mentiriam muito menos se as mulheres fizessem menos perguntas.”

Coisas do Max Nunes

Freguês:    − Por que esse papagaio é tão caro?
Vendedor: − É uma papagaia. Custa caro porque bota ovo quadrado.
Freguês:    − E ela fala?
Vendedor: − Fala. De vez em quando, diz “ai!”.


Filha:  − Mãe, a senhora não disse que a maneira mais fácil da mulher prender um homem é pelo estômago?
Mãe:    − Disse. Por quê?
Filha:   − É que descobri um caminho novo.


Enfermeira:  − Eu preciso saber o seu nome para avisar à sua família.
Acidentado: − Basta a senhor avisar, porque o meu nome a minha família já sabe.

Curiosidades

- Um cientista de Chicago conseguiu criar vida dentro do laboratório: sua enfermeira está grávida.

- Chamava-se Jesus e, tal como Jesus, morreu na cruz. Na Cruz Vermelha.

- Levou dez anos ensinando uma besta a falar. Quando conseguiu, ele ficou besta.

- Quando a cegonha chegou à casa dos meus vizinhos para entregar a encomenda, o garoto era tão feio que eles ficaram com a cegonha e devolveram o menino.

- Na Califórnia, amamentar em público é considerado um ato obsceno. Principalmente se a mãe estiver acompanhada do marido e sem a criança.

 - Novo dispositivo interno para moralizar a Câmara: nenhum deputado poderá sair antes de chegar. 

- A prova de que o balé dá sono na plateia é que os artistas entram sempre na pontinha dos pés.

- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É que as de ontem já deixaram de ser.

- Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.

- No Nordeste, a seca é tão braba que são as árvores que correm atrás dos cachorros.

- O jipe é o maior esforço feito pelo homem para chegar à mula mecanizada.

- O casamento é como a pessoa que quer tomar um copo de leite e compra uma vaca.

- O casamento é o único jogo que acaba mal sem que ninguém ponha a culpa no juiz.

- Os homens casados se dividem em três categorias: os polígamos, os bígamos e os chateados.

- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser muito virtuoso para não dar um mau passo.

- O difícil de confundir alhos com bugalhos é que ninguém sabe o que são bugalhos.

- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.

- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É hoje!

- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra um não dar esse prazer ao outro.

- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.

- Personalidade é aquilo que uma pessoa tem quando não está precisando do emprego.

- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e danos.

- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!

- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.

- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.

- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.

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