quarta-feira, 4 de junho de 2014

Quem sou eu?

        

Não venha me falar de razão, não me cobre lógica, não me peça coerência. Eu sou pura emoção, tenho razões e motivações próprias, me movimento por paixão, essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos, nem tente compará-los a nada, deles sei eu. Eu e meus fantasmas, eu e meus medos, eu e minha alma. Sua incerteza me fere, mas não me mata. Suas dúvidas me açoitam, mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens, eu sou Sol e Lua. Não conte as poças, eu sou mar, profundo, intenso, passional. Vivo em cada molécula. Sou um todo e às vezes sou nada. Você não me vê, mas me sente, estou tanto na sua solidão, quanto no seu sorriso. Vive-se por mim, morre-se por mim, sobrevive-se sem mim. Eu sou começo e fim e todo o meio.

Todas certas, todas imperfeitas, todas lógicas apenas em motivações pessoais, todas corretas, todas erradas. Sou seu objetivo, sua razão que a razão ignora e desconhece. Tenho milhões de definições. Sou tudo, sem mim, tudo é nada. Sou amanhecer, sou Fênix, renasço das cinzas.

Sei quando tenho que morrer, sei que sempre irei renascer. Mudo protagonista, nunca a história. Mudo de cenário, mas não de roteiro.

Sou música, ecoo, reverbero, sacudo. Sou fogo, queimo, destruo, incinero. Sou vento, arrasto, balanço, carrego. Sou tempo, sem medidas, sem marcações. Sou furacão, destruo, devasto, arraso. Sou água, afogo, inundo, invado. Sou clima, proporcional a minha fase, mas sou tijolo, construo, recomeço... Sou cada estação, no seu apogeu e glória. Sou seu problema e sua solução. Sou seu veneno e seu antídoto. Sou sua memória e seu esquecimento. Eu sou seu reino, seu altar e seu trono. Sou sua prisão, sou seu abandono e sou sua liberdade. Sua luz, sua escuridão e seu desejo de ambas, velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo, mas já te dei uma ideia de quem sou... Muito prazer, tenho vários nomes, mas aqui, na sua terra, chamam-me simplesmente de...

Amor


(Autor desconhecido)

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