Por Fraga*
I Batatinha quando nasce esparrama pelo chão, aí vem o intermediário e começa a inflação. II Atirei um limão verde de pesado foi ao fundo. E os peixinhos gritaram: “Tem DDT, seu imundo!” III Lá atrás daquele morro corre água com sabão. Meu verso acabava em sexo se não tivesse ´poluição. IV Quando eu era pequeninho minha mãe me dava leite. E agora que eu sou grande a carestia me dá porrete. V Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, que a ordem é circular! VI O anel que eu te dei era falso e se quebrou. O carnê que tô pagando é de verdade e me ralou. VII Eu fui no itororó buscar água e não achei. Encontrei só detergente e de raiva eu espumei. |
VIII Se essa rua fosse minha eu mandava ladrilhar com recibos de impostos pra Prefeitura se lembrar. IX Cassetete que bate-bate, cassetete que já bateu. Quem gosta dele é o PM, quem detesta ele sou eu. X Atirei um pau no gato, mas o gato não morreu. A Protetora indignou-se com um animal como eu. XI Se eu fosse um peixinho e soubesse negociar, enriquecia com o óleo que há nas ondas do mar. XII O cravo brigou com a rosa debaixo duma sacada. O prédio não foi tombado e a história foi especulada. XIII Marcha soldado, cabeça de papel. Se não marchar pra direita, vai preso pro quartel.
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* Do livro “Punidos venceremos.”
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