Olhando para os céus e observando as
estrelas, ou olhando para as flores e prestando atenção nos seus detalhes, ou,
ainda, acompanhando a gestação, o nascimento e crescimento de uma criança, não
há como evitar nosso reconhecimento ao Criador da vida. Ouvir sobre as
conquistas científicas feitas por Willian Morton, com a descoberta da
anestesia cirúrgica, ou por Alexander Fleming, que descobriu a penicilina.
Lembrando Howard Florey e Ernst Chain, que conseguiram purificar a penicilina,
uma etapa importante para seu uso mais seguro em seres humanos. Von Mehring e
Minkowski e a descoberta da insulina; Robert Hooke, que construiu o primeiro
microscópio. Alexander Graham Bell, que inventou o telefone e Santos Dumont e a
invenção do avião... É ouvir falar de Deus.
Ouvir falar das ações nobilíssimas de
madre Teresa de Calcutá e sua dedicação aos pobres em todo o mundo; de Martin
Luther King e sua luta pelos direitos dos negros. Lembrar de Kofi Annam, secretário geral da ONU, e sua luta pela paz entre as
nações. Pensar em Dalai Lama ,
e sua pregação pela vida em harmonia; em Shirin Ebadi e seus
esforços pela democracia e os direitos humanos, especialmente por sua luta pelos direitos das mulheres e das crianças,
em Chico Xavier
e sua vida dedicada à caridade... É ouvir falar de Deus.
Ouvir falar das ações humanitárias da
campanha internacional de banimento das minas terrestres e da organização “médicos
sem fronteiras”... É ouvir falar de
Deus.
Cada país, cada região do mundo, por
intermédio de ditos e feitos nas mais variadas áreas do pensamento e da ação
humana, de maior ou menor expressão, terá ouvido falar de Deus, com certeza.
No entanto, a história da humanidade
não é feita somente com grandes realizações. Ela é composta, principalmente,
pelas ações quase anônimas, que acontecem dentro dos lares, nas relações
fraternas entre as pessoas, no dia-a-dia de cada um. Por menores que sejam
serão importantes para a vida, desde que nossas ações possam também falar de
Deus a quem as presencia ou delas tome conhecimento. Assim, reveja sua autoestima,
veja-se na condição de quem está auxiliando na construção do mundo, e nunca
diga “impossível” para seus planos, sempre que estiverem alicerçados em bons
propósitos.
Pense nisso!
Não existe nada mais horrível do que
gente que diz: “é impossível”. Com sua postura altiva reprovam qualquer
tentativa. Não veem a menor validade na história da humanidade. Por eles não
haveria a invenção do carro, do rádio, da televisão, nem do computador e sua
memória. Viveríamos na pré-história.
Se as pessoas que dizem: “impossível”,
governassem, o mundo seria um lugar bem sem graça. Descortine a janela da alma
com mãos operosas no bem, para que ali se faça mais presente o sol da vida.
Retire as vendas do preconceito dos olhos para que possa enxergar a vida em
toda a sua verdadeira grandeza, e você entenderá muito bem a assertiva de Jesus
de que é preciso ter olhos de ver e ouvidos de ouvir. E, com olhos de ver e
ouvidos de ouvir, você mais e mais encontrará Deus em sua vida. “A mente que se
abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”, ensinou Albert
Einstein.
Texto de “O Livro das Virtudes para Crianças”, de Wlliam J Bennett.
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