O rabino Dr. R. Brasch, um estudioso
australiano de teologia, história e filosofia, assim como escritor, produtor de
rádio e TV e conferencista, adquiriu renome internacional por seus livros How Did It Begin? (Como Tudo Começou?).
Fez a seguinte constatação;
Como os bebês se parecem, foi
decidido há muito tempo que os sexos seriam identificados pelo uso de cores
diferentes. Nos tempos antigos, acreditava-se que os espíritos do mal ameaçavam o bem-estar dos bebês. Diz o Dr. Brasch: “Concluiu-se que a
associação do azul com o céu do paraíso tornava as forças satânicas impotentes
e as repelia”. Mesmo em nossos tempos, os árabes no Oriente Médio continuam a
pintar as portas de suas casas de azul, para afugentar os demônios. Assim,
vestir o bebê de azul não era simplesmente um adorno, mas uma precaução
necessária.
Por outro lado, como os bebês do sexo
feminino eram considerados inferiores, achava-se que não precisavam de cor
especial para sua proteção. Posteriormente, os pais começaram a se preocupar
com a negligência em relação às meninas e introduziram a cor rosa específica
para elas.
(Do “Almanaque Para
Todos”,
de Irving Wallace & David Wallechinsky, Parte
2)
Rosa nem sempre foi 'cor de menina' − nem o azul, 'de
menino'
“A regra geralmente aceita é que rosa
é para os meninos, e azul para as meninas. O motivo é que o rosa, sendo uma cor
mais decidida e forte, é mais apropriado para meninos. Enquanto o azul, que é
mais delicado e gracioso, é mais bonito para a menina.”
O parágrafo acima foi publicado há
cem anos, em 1918, por uma revista de moda infantil
americana, a Earnshaw, voltada para profissionais da área. Foi encontrado por
Jo Paoletti, professora emérita de Estudos Americanos na Universidade de
Maryland, nos Estados Unidos, e autora do livro Pink and Blue: Telling the Boys from the Girls in America (Rosa e
Azul: Distinguindo Meninos de Meninas nos Estados Unidos).
“(Encontrar essa frase) virou minhas suposições
de cabeça para baixo”, lembra a pesquisadora, em conversa com a BBC News
Brasil. Afinal, o rosa nem sempre havia sido uma cor de menina, nem o azul cor
de menino.
“A ideia de que há algo natural e
permanente sobre o uso de rosa para as meninas e azul para garotos é
historicamente errada”, diz Paoletti. “Assim, também é errada a ideia de que se
você não tratar as crianças segundo um estereótipo de gênero elas vão crescer
confusas, serão pervertidas, vão se tornar homossexuais, transgênero. Não há
nenhuma evidência disso. Não é dos estereótipos de gênero que nasce a
identidade homossexual ou trans.”
(Do Blog BBC News
Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário