A cruel saga de Maximiliano em Auschwitz
São Maximiliano Maria
Kolbe
Franciszek
Gajowniczek era um homem destinado a morrer no campo de concentração de Auschwitz. Membro da resistência judaica na Polônia, o
sargento foi sentenciado à morte e seria morto pelas mãos dos guardas do campo
como consequência da fuga de outro prisioneiro.
Seu
destino estava traçado, entretanto, Rajmund Kolbe apareceu no exato momento e
aceitou passar fome no lugar do sargento. Kolbe era um padre missionário, da ordem de Maria Imaculada, e passou
diversos anos em sua missão de fé propagando a mensagem da santa.
Nascido
em 1894, o então garoto polonês presenciou uma aparição de Nossa Senhora, e ficou marcado pelo resto da vida
com ela. Enquanto estava no convento, aos 16 anos de idade o futuro padre
decidiu dar início ao noviciado.
Tornou-se
propriamente Frei em 1914, e passou a se chamar Frei Maximiliano “Maria” Kolbe.
Maria foi incorporado ao seu nome por causa de sua devoção. Fundada em 1917 por
sete jovens frades (incluindo Maximiliano), era uma ordem cristã com o objetivo
de conquistar o maior número de fiéis possíveis sob mediação da santa em
questão.
Voltando
para a Polônia, o religioso se inscreveu no Seminário Franciscano da cidade. O
ministro-geral da Ordem dos Franciscanos convidou os frades da ordem para que
se dedicassem às obras missionárias, ao que Rajmund adotou para sua vida.
Rodou
o mundo, mas voltou para a Polônia para estabelecer a ordem religiosa que
fundara definitivamente. Por não se curvar às vontades nazistas, foi preso pela
Gestapo em 17 de fevereiro de 1941, e levado para Auschwitz com outros 320
presos.
Era
política no campo de concentração que diante de toda fuga que se concretizasse
no local, outros presos seriam levados para uma cela subterrânea privados de
luz, água e comida. Lá, os escolhidos deveriam permanecer até a morte.
Maximiliano
assumiu a sentença do polonês depois de ter ouvido o homem suplicar pela vida
de sua mulher e de seus filhos. Na solitária, Kolbe celebrava missas e recitava
cânticos, encorajando-os e dizendo que logo estariam no céu.
Depois
de duas semanas, apenas Kolbe e outros três prisioneiros continuaram vivos.
Visando esvaziar a cela, os guardas nazistas deram uma injeção letal no padre.
Ao se dirigirem a Maximiliano para injetar o ácido carbônico em suas veias, ele
estendeu levemente o braço, sem medo da morte.
Em
1982, durante uma celebração solene com o Papa João Paulo II, o franciscano foi canonizado pela Igreja
Católica, tornando-se São Maximiliano Maria Kolbe.
Cerimônia de
celebração de beatificação de Maximiliano
Crédito: Getty Images
Crédito: Getty Images
Em
1998, a
Igreja da Inglaterra ergueu uma estátua do santo em frente à Abadia de
Westminster, fazendo parte de um conjunto de mártires do século 20.
(Do blog AH Aventuras na História)
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