quinta-feira, 21 de abril de 2022

No tempo da Romi-Isetta

Deu uma enorme vontade de expor aqui, às novas gerações, coisas, expressões e nomes esquecidos hoje, embora importantíssimos. 

Zé Victor Castiel

Não sou e nunca serei saudosista. Ao contrário, entendo e aplaudo todas as novidades tecnológicas que facilitam nossa vida. Acontece que dia desses, ao homenagear Porto Alegre, acabei relembrando algumas coisas boas que os sessentões de hoje viveram nas décadas de 1960 e 1970, o que me deu uma enorme vontade de expor aqui, às novas gerações, algumas coisas, expressões e nomes esquecidos hoje, embora importantíssimos, porque de certa forma são a gênese da evolução incrível que testemunhamos. 

Juro que não é por saudade, apenas a título de curiosidade. Quem não souber do que estou falando, pergunte aos mais velhos. Já estes podem chamar os jovens e perguntar se sabem do que se trata. 

Pão de meio, de quarto ou cervejinha (também conhecido como “bundinha”); bala 7 Belo; prensado só de queijo; Guaraná Caçula; Zé do Passaporte; TV Telefunken; Genius; orelhão; telefone fixo com disco; Pagoda; bondes; abrigo dos bondes; auto de praça; Transglobe da Philco; Maluquinho da Praça do Portão*; tobogã; reunião dançante; Ki-Suco de groselha; pó de arroz; cinco marias; sapata; funda; bolinha de gude; licença pra dois; choco preto e branco; Bataclã; Minuano e Charrua Limão; guaraná Sielva, Grapette; SP2; Variant; Vemaguet; LTD Landau; Simca Chambord; Rural Willys; Romi-Isetta; CB 400; Mini Enduro; transistor; Bat-Bat; Churrascaria Sherazade; Bar do Lola; Bar do IAB; relógio-ponto; calçado Passo Doble; Casa Maria, a Sua Sapataria; Von-Von; Gang, a loja que te entende; Escaler; Supermercado Real; Brim Coringa; Japona do Marinha Magazine; Amiguinha da Estrela; Topo Gigio; Parque de Exposições do Menino Deus; A Pantera Cor-de-Rosa; Thunderbirds; Jonny Quest; Cines Baltimore, Vitória, Cacique, Rio Branco, Atlas, Lido, Imperial, São João e Carlos Gomes; Tigrão Monark; kart de pedal; carrinho de lomba com rolimã; autorama, ferrorama; Falcon; Dom Pixote; Manda-Chuva; Catatau; Mesbla; Floresta Negra, Gattopardo; Birra e Pasta; Bar da Filô; Varig; Vasp; Transbrasil; Trem Húngaro; Banco Meridional; Caixa Econômica Estadual; Lula Lelé; Ilha da Fantasia; Jeannie é um Gênio; Shazan; Armação Ilimitada; Irmãos Coragem; O Direito de Nascer; Transasom; Mister Lee; Cascalho Time; Rádio Continental; Gordo Esbroglio; Pedrinho; 24 horas de Tarumã; Kichute; Mônica; Sônia; Saco & Cuecão; marofa; “é isso aí, bicho”; “uma brasa, mora?”; da lata; Fedor’s; TV Gaúcha; TV Difusora, TV Piratini; Valdomiro, Claudiomiro e Gilson Porto; Babá, Joãozinho, Alcindo e Volmir; e por aí vai. 

Não havia nenhuma das tecnologias de hoje. Nem redes sociais e muito menos comunicações em tempo real. Apenas a ironia de o homem já ter pisado na Lua, coisa que nunca mais o fez. Viva o moderno, mas há 50 anos também era divertido. 

(Do jornal Zero Hora, 21 de abril de 2022)

* A Casa Reinaldo era chamado, em reclames publicitários, de “A maluquinha da Praça do Portão”, de nome atual de Praça Conde de Porto Alegre.

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