Não negues nunca o pão ao que te bate à porta,
nem o trates jamais de maneira violenta.
Amar é o sumo bem e, se o pão alimenta,
o gesto vivifica e a palavra conforta.
Vê no desconhecido a velha folha morta
que, às tontas, voluteia agarrada à tormenta;
ama-o como a ti mesmo. O amor constrói, sustenta,
encoraja, encaminha, ensina, instrui e exorta.
Não o faças, porém, visando recompensa:
o interesse amesquinha e desvirtua a crença.
Ama pelo prazer que o próprio amor produz.
Ao que te pede o pão não o negues jamais,
nem queiras ver, depois, teu nome nos jornais;
faze-o, com humildade, em nome de Jesus!
nem o trates jamais de maneira violenta.
Amar é o sumo bem e, se o pão alimenta,
o gesto vivifica e a palavra conforta.
Vê no desconhecido a velha folha morta
que, às tontas, voluteia agarrada à tormenta;
ama-o como a ti mesmo. O amor constrói, sustenta,
encoraja, encaminha, ensina, instrui e exorta.
Não o faças, porém, visando recompensa:
o interesse amesquinha e desvirtua a crença.
Ama pelo prazer que o próprio amor produz.
Ao que te pede o pão não o negues jamais,
nem queiras ver, depois, teu nome nos jornais;
faze-o, com humildade, em nome de Jesus!
Oração da maçaneta
Não há mais bela música
que o ruído da maçaneta da porta
quando meu filho volta para casa.
Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta
e o gemer do trinco,
o bater da porta que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível do molho de chaves
são um doce acalanto,
uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos,
posso afinal dormir e descansar.
Oh! a longa espera,
a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos
que só a noite como ninguém sabe contar!
Oh! os presságios e os pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua
e o longo apito do guarda
medindo a madrugada,
e os cães uivando na distância
e o grito lancinante da ambulância!
E o coração descompassado a pressentir
e a martelar
na arritmia do relógio do meu quarto
esquadrinhando a noite e seus mistérios
Nisso, na sala que se cala, estala
a gargalhada jovem
da maçaneta que canta
a festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa
com todos os ruídos secundários.
− Oh! os címbalos do trinco
e os clarins da porta que se escancara
e os guizos das muitas chaves que se abraçam
e o festival dos passos que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
e o tilintar de copos
e a mansa canção da chuva no telhado
podem sequer se comparar
ao som da maçaneta que sorri
quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre são e salvo,
marinheiro depois da tempestade
a sorrir e a cantar.
E que na porta a maçaneta cante
a festiva canção do seu retorno
que soa para mim
como suave cantiga de ninar.
Só assim, só assim meu coração se aquieta,
posso afinal dormir e descansar.
que o ruído da maçaneta da porta
quando meu filho volta para casa.
Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta
e o gemer do trinco,
o bater da porta que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível do molho de chaves
são um doce acalanto,
uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos,
posso afinal dormir e descansar.
Oh! a longa espera,
a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos
que só a noite como ninguém sabe contar!
Oh! os presságios e os pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua
e o longo apito do guarda
medindo a madrugada,
e os cães uivando na distância
e o grito lancinante da ambulância!
E o coração descompassado a pressentir
e a martelar
na arritmia do relógio do meu quarto
esquadrinhando a noite e seus mistérios
Nisso, na sala que se cala, estala
a gargalhada jovem
da maçaneta que canta
a festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa
com todos os ruídos secundários.
− Oh! os címbalos do trinco
e os clarins da porta que se escancara
e os guizos das muitas chaves que se abraçam
e o festival dos passos que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
e o tilintar de copos
e a mansa canção da chuva no telhado
podem sequer se comparar
ao som da maçaneta que sorri
quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre são e salvo,
marinheiro depois da tempestade
a sorrir e a cantar.
E que na porta a maçaneta cante
a festiva canção do seu retorno
que soa para mim
como suave cantiga de ninar.
Só assim, só assim meu coração se aquieta,
posso afinal dormir e descansar.
Sê corajoso e forte
Quando estiveres fatigado e triste
e meditares na terrível sorte,
não temas, pois Jesus é teu amigo:
Sê corajoso e forte!
Se te apanharem pelo mar da vida,
da dor cruenta o vendaval e a morte,
não desanimes, Cristo está contigo:
Sê corajoso e forte!
Se, no trajeto pelo mundo incauto,
vires perdida a orientação, o norte,
segue a Jesus e Ele será teu guia:
Sê corajoso e forte!
Se o dissabor, que fere a humanidade,
no coração abrir-te fundo corte,
pede a Jesus, pois Ele dá o alívio:
Sê corajoso e forte!
Se forem tantas as dificuldades,
que a tua força já não mais suporte,
roga ao Senhor que te mantenha firme:
Sê corajoso e forte!
Se vacilares, pela vida escura,
e com teu mal o mundo nem se importe,
ora com fê − e te erguerás contente:
Sê corajoso e forte!
e meditares na terrível sorte,
não temas, pois Jesus é teu amigo:
Sê corajoso e forte!
Se te apanharem pelo mar da vida,
da dor cruenta o vendaval e a morte,
não desanimes, Cristo está contigo:
Sê corajoso e forte!
Se, no trajeto pelo mundo incauto,
vires perdida a orientação, o norte,
segue a Jesus e Ele será teu guia:
Sê corajoso e forte!
Se o dissabor, que fere a humanidade,
no coração abrir-te fundo corte,
pede a Jesus, pois Ele dá o alívio:
Sê corajoso e forte!
Se forem tantas as dificuldades,
que a tua força já não mais suporte,
roga ao Senhor que te mantenha firme:
Sê corajoso e forte!
Se vacilares, pela vida escura,
e com teu mal o mundo nem se importe,
ora com fê − e te erguerás contente:
Sê corajoso e forte!
*Gioia Júnior foi um dos maiores
nomes do nosso rádio e da nossa televisão. Rafael Gioia Junior nasceu na cidade
de Campinas, interior de São Paulo, no dia 9 de agosto de 1931. O grande
radialista, jornalista, advogado e político faleceu em 3 de março de 1996.
Estava com 64 anos de idade.
Aqui se fala referente as imagens
ResponderExcluirGrandes poesias de Gioia Junior... muita gratidão.
ResponderExcluirBom dia ! Sou fã de Gióia Júnior. Seria possível postar o poema menino engraxate ?
ResponderExcluirAmigo desconhecido, não conheço esse poema. Se alguém tiver em seus arquivos, por favor me mande, que eu o colocarei neste Almanaque.
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