Relatam antigas lendas árabes, que um matemático desconhecido,
preocupado em criar símbolos que equivalessem aos números, desenhou figuras
que, pelos números de ângulos que contivessem, teriam seu valor
determinado pelos mesmos. Assim, o sinal equivalente ao 1, teria 1 ângulo – ao
2, 2 ângulos, e assim por diante. Quando chegou ao zero, a coisa empacou, mas
muito sabiamente, o matemático lembrou da forma do círculo, que não possui
ângulo algum. Desta forma, resolvido o problema do zero, que não vale nada e
vale muito, nasceram os algarismos arábicos, como o conhecemos.
Para ilustrar, vamos mostrar como os
algarismos foram originariamente concebidos, para que nossos amigos internautas
compreendam bem a questão dos ângulos.
AL-Khwarizimi
O sistema de numeração veio a ser
conhecido tanto para o matemático persa Al-Khwarizmi, quanto para o matemático árabe
Al-Kindi, que escreveu quatro volumes, "no uso dos numerais indianos"
(Ketab fi Isti'mal al-'Adad al-Hindi) por volta de 830. Seu trabalho foi o
principal responsável pela difusão do sistema indiano de numeração no Oriente
Médio e no Ocidente.
No século X, matemáticos do Oriente
Médio estenderam o sistema de numeração decimal para incluir frações, como se
registra em um tratado do matemático sírio Abu'l-Hasan al-Uqlidisi em 952-953. A notação do ponto
decimal foi introduzida por Sind ibn Ali, que também escreveu o mais
antigo tratado em algarismos arábicos.
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