por Daniel Pennac*
> O direito de não ler
Sim, você leu corretamente. O leitor tem livre escolha, se não gostou da leitura, tem todo o direito de não ler, abandonar e procurar outra leitura que lhe seja mais prazerosa e que lhe traga maiores aprendizados. Afinal de contas, é direito do leitor não ler aquilo que não lhe agradou ou que não foi escrito adequadamente.
> O direito de pular páginas
Sim, o leitor pode pular páginas, ler na ordem que preferir! Um livro deve ser apreciado, devorado ou alternado com outros, mas pular páginas é direito e critério do leitor.
> O direito de não terminar um livro
Abandonar um livro nem sempre é algo que um leitor goste de fazer, mas às vezes é necessário, o leitor não deve perder seu valioso tempo com leituras ruins ou obras que não estão lhe trazendo proveito algum.
> O direito de reler
Esse é um direito muito válido, reler uma obra maravilhosa, um livro que mudou a nossa vida, como amamos esse direito! Reler é maravilhoso!
> O direito de ler qualquer coisa
Muitas das vezes pessoas são julgadas, por tudo e todos o tempo todo, leitores são julgados pelo tipo de leitura que apreciam, e esse direito que Pennac estipulou é importante, ler qualquer coisa, todos deveriam respeitar, ler qualquer coisa é melhor do que não ler, isso eu garanto.
> O direito de amar os personagens dos romances
Os leitores são fisgados por aquele amor platônico, um personagem pode ser um amor ideal. E está tudo bem, é aceitável, ame e desame.
> O direito de ler em qualquer lugar
Nem sempre é possível parar para ler, às vezes é preciso encaixar esse hábito em nosso dia a dia. Seja no transporte, na fila, na sala de espera, ler em qualquer lugar é seu direito!
> O direito de ler uma frase aqui e outra ali
Tão somente ler e ponto final.
> O direito de ler em voz alta
E ser criticado, zombado ou apreciado por isso. Está tudo bem.
> O direito de se calar
(...).
* Daniel Pennac, nasceu em Casablanca (Marrocos) no ano de 1944, é hoje considerado um dos mais importantes e populares autores da literatura francesa. Um professor de profissão, Daniel começou escrevendo literatura infantil e juvenil.
Ele escreveu um livro intitulado Como um Romance (1992) no qual discute os direitos imprescritíveis do leitor, segundo Pennac, o leitor tem muitos direitos:
(Do blog Viaje na Leitura)
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