Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
− Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
− Ela não vai não: nós é que vamos nela.
− Engraçadinho duma figa! Como se chama?
− Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
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Paulo Mendes Campos. Crônica
1. São Paulo: Ática, 2002. pág. 76.
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