terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Amigo, muy amigo!

Imaginemos a seguinte situação: um homem maduro, uma mulher bonita e um “amigo” bem mais jovem. Um dia, por remorso, talvez, o moço da história vem dar uma notícia desagradável ao seu amigo mais velho. Este, já sabendo o que lhe acontecera, pois a prova da estada do falso amigo em sua casa, na sua ausência, foi esquecida no cinzeiro da mesa ao lado da sua cama: o toco do cigarro era da marca do cigarro que o “amigo” fuma.

Agora, só resta ao homem maduro lamentar a amizade que o jovem perdeu, deixando para ele a mulher que manchou seu nome. A prova da sua maturidade e a aceitação da perda da mulher, que um dia ele amou, resta realçada nos seus cabelos brancos, sinal de sua maturidade.


Nélson Cavaquinho por JBosco 

Notícia 

1954 

Composição:

Alcides Caminha* / Nelson Cavaquinho / Norival Bahia.

Já sei a notícia que vens me trazer,
Os teus olhos só faltam dizer,
O melhor é eu me convencer.
Guardei até onde eu pude guardar,
O cigarro deixado em meu quarto,

É a marca que fumas,
Confessa a verdade, não deves negar.
 

Amigo como eu jamais encontrarás,
Só desejo que vivas em paz
Com aquela que manchou meu nome.

Vingança, meu amigo, eu não quero vingança,
Os meus cabelos brancos me obrigam
A perdoar uma criança.
 

*Alcides Caminha é o criador da revistinhas de sacanagem (catecismos) com pseudônimo de Carlos Zéfiro. 

P.S. Escute essa música na internet na voz de um dos compositores: Nélson Cavaquinho. 

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