domingo, 13 de fevereiro de 2022

Do “Livro dos Erros”

 

A única vez em que Oswaldo Cruz usou gravata – que detestava – foi quando ganhou uma de sua sogra e, para ser gentil, se deixou fotografar com ela.

O retrato (acima) foi para as cédulas de C$ 50 mil, em 1984.  

A rainha Vitória passeava pelo parque de Windsor e notou que a filhinha de seu cocheiro a observava. Aproximou-se dela:

 - Sabe quem eu sou?

- Sei sim – respondeu a menina. – A senhora é a pessoa que vai todos os dias no carro do papai. 

A glória faz viver, nota Jimi Hendrix:

- É engraçado como a maioria das pessoas se apaixona pelos mortos. Quem morre, pode-se dizer, está feito para o resto da vida. 

Diógenes sabia a idade mais conveniente para se casar:

- Quando se é jovem, é demasiado cedo. Quando se é velho, é demasiado tarde. 

Bernard Shaw cumprimentou o amigo:

- Parabéns! Soube que vai se casar.

O amigo:

- Não vou mais. Terminei o noivado.

Shaw:

- Pois parabéns mais uma vez! 

Hilda Hilst falava para físicos e estudantes, numa aula na Unicamp. Na plateia, um físico coçava a virilha e gozava a escritora.

− A senhora acredita realmente na imortalidade da alma? – provocou.

Hilda:

− Eu acredito na imortalidade da minha alma, porque se o senhor continuar apenas rindo e coçando o saco sequer constituirá uma alma. 

Nos 20 (e em qualquer época) jogador de futebol pulava o muro da concentração e ia encher a cara na noite. Por isso, Carlito Rocha (com o Biriba, mascote do Botafogo), no comando da Seleção do Estado do Rio em 1943, depois de cada treino mandava distribuir manga aos atletas. Em seguida, reunia todos e avisava:

Cuidado, manga com cachaça mata!   

Eram tempos de censura e um dia o general Meira Mattos encontrou o cronista Rubem Braga:

 − Por que o senhor não escreve mais?

Rubem:

− O senhor gostaria de ser corrigido por um sargento? Pois eu também sou um general das letras. 

Em Londres, a encenação de Aída, de Giuseppe Verdi, estava um fiasco. Para completar, um camelo fez cocô em pleno palco. Sir Thomas Beecham, que dirigia a orquestra, comentou depois:

- O gesto é vulgar, mas que crítico de ópera! 

O poeta Mário Chamie apresentava-se assim:

- Há mários que vêm para o bem.

E, admrador de Mário de Andrade, acrescentava:

- Dos mários, o menor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário