sábado, 28 de outubro de 2017

Danza/Dança



La Danza/Soneto XVII

No te amo como si fueras rosa de sal, topacio
O flecha de claveles que propagan el fuego:
Te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
Secretamente, entre la sombra y el alma.

Te amo como la planta que no florece y lleva
Dentro de si, escondida, la luz de aquellas flores,
Y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
El apretado aroma que ascendio de la tierra.

Te amo sin saber como, ni cuando, ni de donde,
Te amo directamente sin problemas ni orgullo:
Asi te amo porque no se amar de otra manera,

Sino asi de este modo en que no soy ni eres,
Tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mia,
Tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.

A Dança/Soneto XVII

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda, Cem Sonetos de Amor. Porto Alegre: L&PM, 2006.


Pablo Neruda por Loredano


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