segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Parthenon Literário



Pedra Fundamental do Partenon Literário

A Sociedade Partenon Literário foi fundada em Porto Alegre, a 18 de junho de 1868, por um grupo de aproximadamente 50 intelectuais, em que despontavam José Antônio do Vale Caldre e Fião, Apollinário Porto Alegre, Lobo da Costa, Múcio Teixeira, Luciana de Abreu, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, Hilário Ribeiro de Andrade e Silva, José Bernardino dos Santos, Aquiles Porto Alegre, J. F. de Assis Brasil e Carl Von Koseritz. Empenhada na defesa da República, da educação, da emancipação feminina, da abolição da escravatura, na proteção dos indígenas e na difusão do conhecimento científico, a instituição publicou uma revista mensal, que circulou entre 1869 e 1879. A entidade teve sede social em diversos locais da cidade, embora a sua pedra fundamental tenha sido lançada na rua Riachuelo, no dia 10 de janeiro de 1885, tendo testemunhado o ato a princesa Isabel e o seu consorte, o conde D’Eu, de passagem por Porto Alegre na ocasião.


Luciana de Abreu, Apolinário Porto Alegre e Caldre e Fião

Sociedade Parthenon Literário foi criada em 18 de junho de 1868, num período de efervescência social e política, com a Guerra do Paraguai em andamento, as ideias republicanas em expansão e uma forte retomada do movimento abolicionista.

A Sociedade participava de campanhas abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos e propagava os ideais republicanos. Promovia também debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento , pena de morte e feminismo.

Ao longo de sua existência funcionou em diversos locais, sem nunca ter tido sede própria. Em novembro de 1873, numa cerimônia em que estiveram o presidente da província, João Pedro Carvalho de Morais, e o bispo de Porto Alegre houve uma primeira tentativa de fundação de um espaço próprio, em uma região, na época, distante do centro da cidade, que deu o nome a um dos atuais bairros de Porto Alegre, o Partenon. A sede seria onde hoje é a Igreja Santo Antônio. Outra tentativa deu-se em 10 de janeiro de 1885, com presença da Princesa Isabel e do Conde D'Eu, lançou-se a pedra fundamental de um edifício que seria localizado na rua Riachuelo.

O Partenon Literário precedeu 30 anos a Academia Brasileira de Letras, publicando diversas obras literárias, bem como a tradicional Revista Literária, ora em formato de livro, seu legado mais forte. A Revista circulou durante dez anos e continha críticas literárias, biografias, comentários, editoriais e estudos sobre a história e cultura gaúchas. Discursos proferidos na Sociedade eram depois transcritos para a revista, além de contos, narrativas, peças teatrais e poesias. Os textos mais longos eram divididos em diversas partes e publicados ao longo de diversos números.

A sociedade foi extinta por volta de 1925, mediante a doação de terreno que tinha obtido para a construção de sua sede, pois de fato já deixara de existir desde 1885 quando paralisou os trabalhos associativos.


Apolinário Porto Alegre


Luciana de Abreu


Caldre e Fião


Lobo da Costa


Múcio Teixeira


Aquiles Porto Alegre


Apeles Porto Alegre

Parthenon Literário

Em 18 de junho de 1868, em Porto Alegre, é criada a Sociedade Parthenon Literário, na Rua de Braçança (Marechal Floriano), sob a presidência de Apolinário Porto Alegre (1844-1904) consagrou os melhores intelectuais porto-alegrenses, decisiva para o regionalismo gauchesco, durante mais de 20 anos.

Era uma tribuna para oratória, publicava revista, criou “escola noturna gratuita” para livres e escravos.

A sociedade com grandes serviços à literatura e à causa da abolição da escravatura. Possuía uma biblioteca com mais de “6 mil volumes” e um pequeno museu.

A sociedade também foi avançada em matéria política (era “abolicionista” muito antes de as campanhas ganharem as ruas) e comportamental, pois abrigava “mulheres”, que a Academia Brasileira de Letras, só um século mais tarde admitiu.

Nos grandes saraus da sociedade brilharam muitas personalidades, como:

Luciana de Abreu (1847-1880),
Apolinário Porto Alegre (1844-1904),
Caldre e Fião (1821-1876),
Afonso Marques (1847-1872),
Aquiles Porto Alegre (1848-1926),
Francisco Antunes Ferreira da Luz (1851-1894),
Dasmasceno Vieira (1850-1910),
Amália dos Passos Figueiroa (1845-1878),
João Lobo Barreto (1853-1875),
Apeles Porto Alegre (1850-1917),
Hilário Ribeiro (1847-1886),
Aurélio Veríssimo de Bitencourt (1849-1919),
Teodoro de Miranda (1852-1879),
Bernardo Taveira Junior (1795-1872),
José de Sá Brito (1844-1890),
Menezes Paredes (1843-81),
Francisco de Sá Brito (1808-1875),
Carlos Von koseritz (1834-1890),
Múcio Teixeira (1857-1926),
Lobo da Costa (1853-1888).

138 foram os integrantes do Parthenon Literário.

Luciana de Abreu (1847-1880), professora e conferencista, “talvez a primeira feminista da cidade”, emocionou a todos da sociedade ao discursar sobre o “direito das mulheres a instrução superior”.

Em 09 de novembro de 1873, lançou sua pedra fundamental no morro do Parthenon (atual bairro Santo Antônio) onde construiria sua “Acrópole” como na Grécia antiga.

Em 10 de janeiro de 1885, lançou nova pedra fundamental da sede à Rua Riachuelo.

Sócios dissidentes criaram outras sociedades como a que editou a revista “Murmúrios do Guaíba” (1870), a Sociedade Ginásio Literário (1874) e a Sociedade Ensaios Literários (1875 a 1877).




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