quinta-feira, 24 de março de 2022

O Quinto dos Infernos

 

Imagem da internet

Como dito anteriormente, engana-se quem acredita que a expressão “quinto dos infernos” surgiu no Brasil. No entanto, ela tem duas histórias que possuem diferentes origens. 

Origem no Brasil 

Durante a época do Brasil Colônia, o Ciclo do Ouro daqui causou uma certa corrida em busca do enriquecimento. Portanto, os portugueses e brasileiros deslocavam-se para as regiões das minas, onde tentariam a sorte para adquirir ouro. Entretanto, a coroa portuguesa interviu, colocando, assim, impostos sobre o ouro obtido. 

O imposto era o seguinte: todo o ouro encontrado deveria ser encaminhado para as Casas de Fundição, derretido e transformado em barras, nas quais havia o selo da Coroa. Portanto, durante esse processo, já era cobrado um imposto: o “quinto”, era a cobrança da quinta parte (20%) de todo o ouro encontrado. A Coroa Portuguesa, em 1750, começou a retirar o quinto diretamente nas casas de fundição. 

Além disso, era utilizado esse imposto para tentar reduzir o processo de sonegação de imposto. E isso ainda gerou outra expressão: Santos do pau-oco, estátuas religiosas ocas que eram usadas pelos mineradores para roubar o ouro. 

No entanto, aquele tributo era bastante odiado pelos donos das minas auríferas. Assim, eles passaram a chamá-lo de “o quinto dos infernos”. E, hoje em dia, essa expressão é usada até hoje quando estamos possessos de raiva. 

Origem em Portugal 

No entanto, o povo em Portugal também começou a utilizar essa expressão na mesma época. Geralmente, as pessoas tinham o costume de mandar a outra para “o quinto dos infernos”. Todavia, esse lugar seria uma referência ao Brasil, um lugar longínquo e desconhecido. Além disso, o quinto era o imposto cobrado aqui. Assim, muitas vezes, as pessoas mandadas para o quinto dos infernos eram as que estavam sendo banidas de Portugal. 

(Do Blog Segredos do Mundo) 

Outros conceitos 

Pouca gente sabe, mas a expressão O Quinto dos Infernos, usada quando alguém quer amaldiçoar uma pessoa, mandando-a pessoa para longe, ou para se referir a um lugar remoto, começou a ser usada em Portugal para se referir ao Brasil. E ao contrário do que muitos imaginam, não tem relação com o inferno. 

Sua origem é o imposto de 20% (ou a quinta parte) do peso do ouro, cobrado no século 18 das cidades mineradoras do Brasil Colônia. O apetite fiscal da coroa era tão grande quanto a dificuldade em quitar suas dívidas com a Inglaterra. Portugal pouco produzia além de vinhos e quinquilharias. Comprava dos britânicos quase tudo o que consumia. 

A cobrança foi uma das principais causas da Inconfidência Mineira, um ato revoltoso − sem sucesso − que acabou sendo reprimido pela Coroa em 1789.

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