O réu estava sendo julgado por assassinato. Havia fortes evidências sobre sua culpa, mas o cadáver ainda não aparecera. Sem muita esperança, o advogado arrisca:
‒ Tenho uma surpresa. Dentro de um minuto, a pessoa presumivelmente assassinada entrará neste tribunal.
E olha para a porta. Os jurados, surpresos, repetem o gesto. Findado o prazo, o advogado retoma:
‒ Realmente, ninguém entrou. No entanto, por vossa expectativa, depreende-se que o júri não tenha certeza alguma de que alguém foi morto. Se não há morto, não há assassino.
Os jurados retiram-se para a decisão final. E vem o veredicto: culpado.
‒ Culpado? Mas como? ‒ pergunta o advogado. ‒ Vocês estavam em dúvida, eu vi todos olharem para a porta!
E o juiz, para arrematar:
‒ É verdade. Todos nós olhamos para a porta. Menos o seu cliente.
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Cultura É de lei
Brasil: Almanaque de Cultura Popular da TAM
Agosto de 2007
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