domingo, 8 de dezembro de 2019

Aceita*

Luiz Cláudio Picolé/Mauro Jr.

(Melô de um pedido de respeito)

Canta Reinaldo

Faz um favor, não ligue nunca mais.
Respeite a minha dor,
vê se me deixa em paz.
E quem lhe deu o direito de invadir a minha vida assim.
E já faz tanto tempo nossa história teve um triste fim.
E não foi você mesma quem partiu sem me dizer adeus,
me causando estrago.
Talvez, você não tenha entendido,
tá resolvido, tudo acabado.

Aceita... respeita...
Pouco me importa se agora está sofrendo,
pra ser feliz tirei você da minha vida.
O nosso caso de amor faltou respeito,
e nunca mais há de voltar.
Respeita!

Tentei de tudo para ter você de volta,
agora insiste em bater na minha porta,
eu lhe asseguro que aprendi viver sozinho,
aceita!

*Essa música está na internet na voz de Reinaldo, no show Reinaldo 30 anos - Uma vida de muito samba!

Reinaldo, o Príncipe do Pagode


Natural do Rio de Janeiro, Reinaldo veio para São Paulo onde lançou seu primeiro disco Retrato Cantado de um Amor (1986), pela Continental, seguido dos LPs Aquela Imagem, Pra Ser Minha Musa, com o qual recebeu o primeiro disco de ouro, e Coisa Sentimental, considerado pela crítica como o melhor trabalho de sua carreira, que lhe valeu a indicação para receber o Prêmio Sharp, na categoria de Melhor Cantor. Em 1992, lançou o disco Soneto de Prazer e, em 1995, Samba Meu Brasil. Em 1997, o Príncipe do Pagode retorna à Continental com LP Traz de Volta Minha Paz. Dois anos depois grava o primeiro CD de uma coleção de cinco, intitulados Pagode Pra Valer. O resultado é um novo disco de ouro. Lança o segundo Pagode Pra Valer, trazendo de volta o samba de raiz, marcado na palma da mão, faturando mais um disco de ouro.

Intitulado pelos colegas como “Príncipe do Pagode”, chegou com a experiência dos pagodes de quintal do Cacique de Ramos, bloco histórico do subúrbio carioca, e ajudou a popularizar as rodas de samba paulistas. Seu nono disco, Pagode pra Valer, dispensa equipamentos elétricos. Nada de baixo, teclado e guitarra. Só banjo, cavaco, pandeiro, tantã, surdo, repique e reco-reco, como nas rodas. Também foi resgatando a cultura das rodas, agora praticadas em bares de classe média e não mais relegadas aos quintais da periferia.

O cantor Reinaldo, conhecido como “o príncipe do pagode”, morreu durante a madrugada desta segunda-feira (18.11.2019). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista.

Reinaldo, que lutava contra um câncer no pulmão havia cerca de quatro anos, chegou a ser levado ao hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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