São
muito comuns com crianças e idosos:
os mais novos ainda não desenvolveram a coordenação motora e o equilíbrio,
enquanto os mais velhos começam a perder essas capacidades.
As quedas são causadas por objetos deslizantes, pisos lisos ou chão escorregadio. Assim, evite itens pelo chão, mantenha-o sempre limpo e escolha bem o piso. Mesmo em um tombo simples as consequências podem ser pior do que imaginamos.
Em escadas ou sacadas o cuidado deve ser ainda maior, pois a queda é alta e gera acidentes graves. O ideal é colocar telas protetoras em janelas e sacadas, além de corrimão, portãozinho e degraus largos nas escadas.
A queda é um dos acidentes domésticos mais comuns, principalmente para idosos, de acordo com o ortopedista Dennis Barbosa do Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Alguns motivos podem explicar esse fato. “Eles não usam calçado adequado. O solado muito escorregadio ou um chinelo que sai facilmente do pé favorece quedas. Muitos tropeçam em móveis e não enxergam obstáculos por problemas de visão”, afirma Barbosa.
“Por exemplo, às vezes, eles querem subir num banquinho para pegar algo, se desequilibram e acabam caindo”, acrescenta.
As principais consequências dessas quedas são fraturas no punho ou no quadril, segundo o ortopedista: “Em idosos, além da fratura, pode acontecer de bater a cabeça e ocorrer um trauma na face ou no nariz, por exemplo”.
Quebrar o quadril é o fator que mais compromete a capacidade de se locomover e realizar atividades diárias. Uma minoria consegue andar normalmente.
“A pessoa volta a caminhar, mas com dificuldade. Muitas vezes precisam do auxílio de bengalas ou muletas”, diz o especialista. De acordo com ele, esse tipo de fratura pode matar idosos acima de 70 anos de idade.
Para evitar esses acidentes, o ortopedista dá algumas dicas simples, como tomar cuidado ao subir escadas ou bancos, ter atenção ao chão escorregadio, diminuir ao máximo o número de obstáculos nos cômodos e deixar a casa bem iluminada.
“O idoso perde um pouco do seu equilíbrio, isso acontece com o passar do tempo, então é melhor não se aventurar muito”, aconselha.
O tratamento varia de acordo com a gravidade. Fraturas simples podem ser resolvidas apenas com o uso de gesso. “A fratura deve ser imobilizada, espera-se um tempo para que ela seja ‘colada’”, explica Barbosa.
Porém, casos mais complexos exigem cirurgia. Em qualquer situação, a reabilitação ocorre no intervalo de seis meses a um ano, com a realização de fisioterapia. “Após a fratura, a musculatura fica fraca e as articulações enrijecidas, então é preciso um trabalho de recuperação”, afirma o ortopedista.
01: Tome muito cuidado com o piso molhado do banheiro.
02: Tome muito cuidado com tapetes que podem escorregar.
03. Ao subir em escadas móveis, peça a alguém que a segure para você.
04. Ao levantar-se na madrugada, veja se não há algum objeto impedindo o seu trajeto até o banheiro.
05. Levante-se devagar, verifique o seu grau de lucidez, veja se não está meio tonto, vá com calma...
06. Ao descer uma escada, não carregue nada nas mãos, coloque as duas mãos no corrimão, dê um passo de cada vez.
07. Cuidado em subir em cadeiras que tenham almofadas em cima; muito cuidado com o deslocamento delas, podem derrubar você.
08. Tapetes aramados, ao serem pisados, deslocam-se no chão e causam quedas perigosas.
09. Caminhe olhando o chão que você pisa. Cuidado com obstáculos à sua frente, como buracos, calçada irregular e desníveis do solo.
10. Use barras para se firmar no box do banheiro.
11. Serviços em sua casa, que possui algum grau de dificuldade, com subir em sótãos, contrate um profissional que entenda do assunto
12. Na idade de um idoso, qualquer queda, por menor que seja, sempre tem resultados imprevisíveis. Uma fratura de fêmur, por exemplo, quase sempre é fatal.
Aviso final: Há vacina contra pneumonia, ela é a doença que mais mata velhos frágeis que estão hospitalizados...
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