terça-feira, 3 de dezembro de 2019

«SE AMAS DEUS»



«Se amas Deus, não te deves sentir estrangeiro em lado nenhum, porque Ele estará em todas as regiões, na mais doce de todas as paisagens, no limite indeciso de todos os horizontes.»

«Se amas Deus, não estarás triste em lado nenhum, porque, apesar da tragédia diária, Ele enche de júbilo o Universo.»

«Se amas Deus, não terás medo de nada nem de ninguém; porque não podes perder nada e todas as forças do cosmo seriam incapazes de te tirar a tua herança.»

«Se amas Deus, já tens uma elevada ocupação para todos os instantes, porque não haverá ato que não executes em seu nome, nem o mais humilde nem o mais elevado.»

«Se amas Deus, já não quererás investigar os enigmas, porque Ele, que é a solução e a resolução de todos eles, está em ti.»

«Se amas Deus, já não poderás estabelecer com angústia uma diferença entre a vida e a morte; porque estás Nele e Ele permanecerá incólume através de todas as mudanças.»

(In “Plenitude”, de Amado Nervo, Alma dos Livros, pág. 46)

«PEDE O QUE QUISERES»

«Se neste momento aparecesse à tua frente um Ser milagroso, vestido de branco, resplandecente de luz magnífica, e te dissesse «pede o que quiseres! Ser-te-á concedido», tu, sem dúvida, pedirias imediatamente as melhores coisas. »

«Ora bem, esse Ser milagroso existe dentro de ti e tem o poder de te dar tudo o que pedires. »

«Mas antes tens de saber bem o que queres… conhecimento aparentemente fácil, mas que se constata em muitos poucos homens. »

«E assim que o souberes, tens de pedir ao Deus interior, com tanta segurança como se o pedisses ao homem milagroso vestido de branco, que seduziria a tua fé com o prestígio da sua presença externa. »

«Pensa no quão infeliz és por ignorares aquilo de que és capaz. »

«Tudo é teu e estás a morrer de desejo…»

«As estrelas pertencem-te e não tens lume no teu lar…»

«A natureza inteira quer entregar-se a ti como se fosses seu dono e senhor, e tu choras o desdém de uma mulher! »

«Pede o que quiseres, que tudo te será concedido.»

(In “Plenitude”, de Amado Nervo, Alma dos Livros, pág. 18)


Amado Nervo, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, (Tepic, Nayarit, México, 27 de agosto de 1870 − Montevidéu, Uruguai, 24 de maio de 1919) foi um poeta mexicano. 

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