«Se amas Deus, não te deves
sentir estrangeiro em lado nenhum, porque Ele estará em todas as regiões, na
mais doce de todas as paisagens, no limite indeciso de todos os horizontes.»
«Se amas Deus, não estarás triste
em lado nenhum, porque, apesar da tragédia diária, Ele enche de júbilo o
Universo.»
«Se amas Deus, não terás medo de
nada nem de ninguém; porque não podes perder nada e todas as forças do cosmo
seriam incapazes de te tirar a tua herança.»
«Se amas Deus, já tens uma
elevada ocupação para todos os instantes, porque não haverá ato que não
executes em seu nome, nem o mais humilde nem o mais elevado.»
«Se amas Deus, já não quererás
investigar os enigmas, porque Ele, que é a solução e a resolução de todos eles,
está em ti.»
«Se amas Deus, já não poderás
estabelecer com angústia uma diferença entre a vida e a morte; porque estás
Nele e Ele permanecerá incólume através de todas as mudanças.»
(In “Plenitude”, de
Amado Nervo, Alma dos Livros, pág. 46)
«PEDE O QUE QUISERES»
«Se neste momento aparecesse à
tua frente um Ser milagroso, vestido de branco, resplandecente de luz
magnífica, e te dissesse «pede o que quiseres! Ser-te-á concedido», tu, sem
dúvida, pedirias imediatamente as melhores coisas. »
«Ora bem, esse Ser milagroso existe dentro de ti e tem o
poder de te dar tudo o que pedires. »
«Mas antes tens de saber bem o
que queres… conhecimento aparentemente fácil, mas que se constata em muitos
poucos homens. »
«E assim que o souberes, tens de
pedir ao Deus interior, com tanta segurança como se o pedisses ao homem
milagroso vestido de branco, que seduziria a tua fé com o prestígio da sua
presença externa. »
«Pensa no quão infeliz és por ignorares aquilo de que és
capaz. »
«Tudo é teu e estás a morrer de desejo…»
«As estrelas pertencem-te e não tens lume no teu lar…»
«A natureza inteira quer
entregar-se a ti como se fosses seu dono e senhor, e tu choras o desdém de uma
mulher! »
«Pede o que quiseres, que tudo te será concedido.»
(In “Plenitude”, de
Amado Nervo, Alma dos Livros, pág. 18)
Amado Nervo, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo,
(Tepic, Nayarit, México, 27 de agosto de 1870 − Montevidéu, Uruguai, 24 de maio
de 1919) foi um poeta mexicano.
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