terça-feira, 16 de novembro de 2021

O menino e o soldado

 

Durante a Guerra Civil Americana, um jovem soldado no exército da União perdeu o irmão mais velho e o pai na Batalha de Gettysburg. Decidiu, então, ir a Washington, DC, encontrar o presidente Lincoln e pedir dispensa do serviço militar a fim de voltar para casa e ajudar a mãe e a irmã no plantio da primavera na fazenda. Quando chegou a Washington, depois de receber permissão de seus superiores para reivindicar sua solicitação, ele foi à Casa Branca, aproximou-se do portão e pediu para ver o presidente. 

O guarda de plantão lhe disse: 

– Você não pode ver o presidente, jovem! Não sabe que estamos em guerra? Ele é um homem muito ocupado! Agora vá embora, filho! Volte para a batalha, que é o seu lugar! 

Então, o jovem soldado virou as costas, muito desanimado, e se assentou no banco de um parque que ficava perto da Casa Branca. Naquele momento, um garotinho o abordou: 

− Soldado, você parece triste. Qual é o seu problema? 

O soldado olhou para o menino e abriu o coração. Contou sobre a morte do pai e do irmão na guerra. Mencionou também a situação desesperadora de seu lar. Explicou que a mãe e a irmã não tinham ninguém que lhes ajudasse na fazenda. O garoto escutou e respondeu: 

– Eu posso ajudá-lo, soldado. 

Pegou o jovem combatente pela mão e o conduziu de volta ao portão de frente da Casa Branca. O guarda pareceu não notá-los, pois não os deteve. Seguiram caminho e passaram direto pela porta de entrada da Casa Branca. Lá dentro, depararam-se com generais e oficiais de alta patente, mas nenhum deles lhes disse uma palavra. O soldado não conseguia entender. Por que ninguém tentou pará-los? Finalmente, chegaram ao Salão Oval, onde o presidente estava trabalhando, e o garoto nem sequer bateu à porta. Simplesmente passou pela porta e levou o soldado consigo. Atrás da escrivaninha estava Abraham Lincoln e seu secretário de Estado, analisando os planos de batalha que estavam em cima da mesa. 

O presidente olhou para o menino e para o soldado. Então disse: 

– Boa tarde, Tad, pode me apresentar o seu amigo? 

E Tad Lincoln, o filho do presidente, disse: 

– Papai, este soldado precisa conversar com você. 

O soldado apresentou sua situação a Lincoln e imediatamente recebeu a dispensa que desejava. Tad Lincoln, o filho do presidente, não precisou implorar nem suplicar para ver o pai. Não precisou bater à porta. Entrou direto, e seu pai ficou feliz em vê-lo. Jesus tem acesso imediato a Seu Pai. Ele nos conduz pela mão e nos leva diretamente à presença de Deus.

Abraham Lincoln e Thomas “Tad” Lincoln III, fevereiro de 1864. 

Ao olhar para Jesus, estamos seguros. Na vida cristã, faz toda diferença para onde olhamos. Se nos concentrarmos no passado, muitas vezes seremos tomados pela sensação de fracasso. Se olharmos para nosso coração, ficaremos sobrecarregados diante da própria inadequação. Se nos preocuparmos em excesso com o futuro, podemos acabar envoltos em preocupações. Olhando para Jesus no santuário celestial, descobrimos nossa verdadeira sensação de paz. Pela fé, descansamos em Seu amor na cidade celestial de refúgio. Em Seus braços, estamos seguros agora e para sempre.

P.S. Thomas “Tad” Lincoln III (4 de abril de 1853 − 15 de julho de 1871) foi o quarto e mais novo filho de Abraham e Mary Todd Lincoln. O apelido de “Tad” foi dado a ele por seu pai, que observou que ele tinha uma cabeça grande e era “tão ondulante quanto um girino” quando era bebê. Tad Lincoln era conhecido por ser impulsivo e desenfreado, e ele não frequentou a escola durante a vida de seu pai. Ele tinha acesso livre à Casa Branca, e há histórias dele interrompendo reuniões presidenciais, recolhendo animais e cobrando visitantes para ver seu pai. Ele morreu inesperadamente de uma doença aos 18 anos em 15 de julho de 1871, em Chicago.

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