sábado, 30 de junho de 2018

Antigas brincadeiras infantis

Brincar de roda, ainda Pode?

“... Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!...”

(Casimiro de Abreu)


→ As brincadeiras antigas para crianças mais famosas eram: amarelinha, bolinha de gude, cantigas de roda, passa-anel, roda-pião, queimado, piques, pipa… Tudo isso fazia parte do seu cotidiano e assim elas se divertiam por horas e dias.

→ Mas hoje muitas de nossas crianças não devem imaginar o que são essas brincadeiras. A tecnologia transformou o mundo e trouxe à tona brinquedos que não exigem tanta criatividade, muito menos, esforço.

→ O que mais se vê atualmente são crianças dentro de apartamentos na frente do videogame, do computador ou da televisão. Parece que aquelas brincadeiras antigas e divertidas da nossa infância ficaram para trás, caíram no esquecimento. Quem não se lembra da turma toda que se encontrava depois da escola para brincar na rua ou numa praça perto de casa ou mesmo a ansiedade de chegar a hora do recreio?


→ Antigamente, os pequenos também podiam e se divertiam em espaços públicos e em convivência com várias crianças. Mas com a modificação da sociedade, esses espaços desapareceram, a violência aumentou e elas passaram a ficar mais com os brinquedos do que com os amiguinhos.

→ O maior problema dessa substituição é que as crianças acabam não brincando da maneira mais adequada, pois não há interação com outras pessoas.

→ Brincar faz parte do desenvolvimento infantil. Pesquisas já mostraram que crianças que brincam são mais criativas e as que se divertem em grupo têm menos problemas de ajuste social quando chegam à idade adulta.

→ O jogo é seu meio de comunicação e aprendizagem. Com isso, a criança terá a oportunidade de desenvolver melhor a imagem, o seu esquema corporal e outras habilidades.

→ As brincadeiras “antigas”, por exemplo, estão ligadas a costumes populares e ainda promovem a socialização, ajudam a desenvolver a coordenação motora, exploram o movimento, o equilíbrio, o respeito às regras e o lado intelectual das crianças.


→ Se você quer que seus filhos retomem as brincadeiras do passado, nada melhor do que tirar algum tempo e ensinar para eles que para brincar não é preciso gastar. Uma boa opção é mostrar as brincadeiras que você mais gostava e assim também brincar junto. Se não lembra mais ou está sem ideia, algumas dicas para ajudar:

Amarelinha → Esta é uma das brincadeiras mais clássicas e conhecidas do mundo inteiro. De acordo com alguns registros históricos, ela já era brincada por crianças na Roma Antiga. Faça um risco no chão e numere de 1 a 10, no último, faça um arco representando o céu. Pule com um pé só dentro de cada quadrado, sem errar.

Cinco Marias → É preciso achar cinco pedrinhas de mesmo tamanho ou até mesmo saquinhos feitos com arroz ou areia. Jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas, depois com a mesma mão jogue para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça isso até ter pegado todas. Na segunda rodada, ao invés de pegar uma por vez, pegue duas. Na terceira rodada você pega três ao mesmo tempo e na última rodada todas de uma vez só.

Cabra-cega → Consiste em vendar uma pessoa que terá como principal objetivo capturar outros adversários dentro de um ambiente limitado. Esta brincadeira, em alguns lugares, também pode ser chamada de Gato Mia. Em algumas variações da brincadeira, a pessoa que está vendada, ao pegar alguém, precisa adivinhar o nome da pessoa, o que torna ainda mais interessante.

Pular corda → Também pode ser um excelente exercício para as crianças e para os adultos. Ela pode ser brincada tanto sozinha como também em grupo, o que torna a atividade ainda mais divertida. Para brincar, basta ter uma corda grande, em torno de uns três metros.

→ Se depois dessa sessão nostálgica você sentiu falta da sua brincadeira preferida, mande para a gente. E aproveite nossas dicas para brincar com as brincadeiras antigas de criança junto com seus filhos e relembrar um pouco os velhos tempos.

→ Vale ressaltar que as brincadeiras que não vemos mais entre os nossos filhos e netos fazem parte da construção do nosso legado cultural, construída e mantida por séculos. Contribuição de nossos antepassados, no que tinham de melhor a oferecer: uma infância que valia a pena.

→ E lembre-se: recordar é viver!Então, brincar de roda ainda pode? Pode e deve!

Maria Delfina é Professora da Rede Municipal
e responsável pelo Blog Família do Portal Rioeduca.
E-mail: mariadrodrigues@rioeduca.net
Twitter: @mariadelfina11

(Do Blog Rioeduca. Net)





Um comentário:

  1. Realmente os tempos são outros, mas não podemos deixar nossos filhos fora dessas brincadeiras.

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