Harry Houdini, nome
artístico de Ehrich Weiss, (Budapeste,
24 de Março
de 1874
— Detroit,
31 de Outubro
de 1926)
foi um dos mais famosos mágicos dos Estados Unidos, para onde sua família emigrou
quando tinha apenas duas semanas de vida. Teve uma infância muito pobre, o que
o obrigou a trabalhar desde cedo. Foi perfurador de poços, fotógrafo,
contorcionista, trapezista. Foi também ferreiro e nesse ofício ele aprendeu os
truques que mais tarde o transformariam no maior mágico ilusionista do mundo.
Certa vez, seu chefe encarregou-lhe de abrir um par de algemas cuja chave um
policial perdera. Após inúmeras tentativas usando serras, Houdini teve a ideia
de pinçar a fechadura para abri-la. Ele conseguiu e a maneira como o fez serviu
de base para abrir todas as algemas que empregava em seus truques.
Desde então passou a se apresentar
como mágico, fazendo números nos quais se libertava não só de algemas, mas
também de correntes e cadeados, dentro de caixas, dentro de tanques fechados; dentro
e fora d'água, de todo o jeito. Fez um sucesso enorme e ninguém até hoje
conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo depois dele ter escrito
boa parte dos segredos em livro.
Houdini tinha habilidades
impressionantes. Era capaz, por exemplo, de ficar vários minutos dentro d'água
sem respirar. E foi numa destas demonstrações de suas habilidades - a
"incrível resistência toráxica" - que ele morreu. Após apresentar o
número para uma platéia de estudantes em Montreal,
no Canadá,
enquanto ele ainda exibia o "super" tórax, um dos estudantes,
boxeador amador, invadiu os bastidores e sem dar tempo para que Houdini
preparasse os músculos, golpeou-lhe o abdômen com dois socos. Os violentos
golpes romperam-lhe o apêndice, e seis dias depois ele morreu, num hospital de
Detroit. Era o fim de Harry Houdini, considerado até hoje o maior mágico que já
existiu.
Houdini também atuou como um desenganador,
ou seja, desmascarando pessoas que alegavam possuir poderes sobrenaturais tais
como médiuns.
P.S.: Houdini defrontava-se, em
cada cidade que visitava, com um oponente que queria dar um soco em seu
estômago. Ele tinha por baixo do casaco e da camisa uma pequena almofada que,
aliada a sua boa musculatura abdominal, atenuava a pancada, embora, no hotel
onde se hospedava, após essa demonstração, ele cuspisse sangue. No número em
que ele era algemado e colocado de cabeça para baixo num tanque de vidro,
sempre havia dois guardas armados com um machado para quebrá-lo em caso de
problemas. Quando ele estava no tanque, uma cortinha negra fechava a parte da
frente, então ele tirava da boca a chave da algema, após dois minutos dentro
d´água, ele tirava a corrente que prendia a suas duas pernas, e, ao abrirem-se
cortinas, ele estava em cima do tanque, molhado e sorridente, para o delírio da
plateia.
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