Bastos Tigre
É
velha a história da luta
Entre
marido e mulher:
Travaram
forte disputa
Por
um motivo qualquer.
Trocaram
palavras duras:
−
Tu és isto − tu és aquilo!
Um
rol de descomposturas
Na
velha forma do estilo.
E,
afinal, sem mais aquela,
O
marido, um cabra mau,
Na
sua cara-costela,
Assentou,
de rijo, o pau.
A
mulher gritou (pudera!)
E
um vizinho prestimoso
Acudiu,
como uma fera,
Pela
mulher, contra o esposo.
−
Sua esposa não maltrate!
Não
seja bruto, senhor!
Numa
mulher não se bate,
Diz
ele, nem com uma flor!
−
Não se bate?! Ora essa agora!
Exclama
a esposa ofendida,
Faça
o favor de ir-se embora
E
ocupar-se de sua vida.
Não
se faça intrometido!
Que
é que o senhor cá perdeu?
O
Cazuza é meu marido
Bate
naquilo que é seu!
O
interventor oficioso
Tenta
explicar-se, mas nisso,
A
esposa e o seu caro esposo
Metem-lhe o pau que é serviço!
Moralidade:
Fugi,
se prudente sois
E
senão estais prevenido
Para o pau meter nos dois.
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