sábado, 27 de abril de 2019

Curiosidades históricas Sul-Rio-Grandenses



Coruja Neto
(Antônio Álvares Pereira)

Bento Manoel Ribeiro

É geralmente sabido que Bento Manoel Ribeiro, um dos chefes revolucionários de 1835, passou-se logo para os legais, voltando, pouco depois, às fileiras republicanas, para mais tarde, tornar a incorporar-se no exército monárquico. Como é natural, o seu primeiro bandeamento provocou indignação entre os republicanos que sentenciaram:


Pode um altivo humilhar-se,
pode um teimoso ceder,
pode um pobre enriquecer,
pode um pagão batizar,
pode um avaro prestar-se,
um lascivo confessar-se,
pode um mouro ser cristão,
um arrependido salvar-se.
Tudo pode ter perdão,
só o Bento Manoel - não!

Correio do Povo, 16/10/1910.

Honra farroupilha

De uma feita, durante a memorável jornada de 35, uma escolta republicana aprisionou diversos imperiais, em Dores de Camaquã. Iam ser fuzilados, quando os incumbidos do cortejo descobrem que um dos prisioneiros trazia uma guaiaca cheia de onças de ouro, sendo logo prevenido o chefe da escolta, Amaral Ferrador. Incontinenti, deu Amaral esta contra-ordem: “Soltem-nos; não quero que se diga que os republicanos os mataram para roubar.”

E assim eram todos os heróis que escreveram a gloriosa epopeia dos farrapos.

Correio do Povo, 16/10/1910

Abolicionista

Antônio José Gonçalves Chaves, rico charqueador de Pelotas, homem muito instruído e empreendedor, foi o primeiro abolicionista que houve no Rio Grande do Sul. E o Noticiador, que se publicou de 1832 a 1835, foi o primeiro jornal rio-grandense que se declarou abolicionista. Em 1844, por ocasião da Assembleia Constituinte da República Rio-Grandense, o major José Maria de Mattos propôs que fosse abolida a escravatura.

Correio do Povo, 5/10/1910

Primeira sociedade científica


Sob a presidência do Dr. Manoel José de Campos, barão do Guaíba, instalou, a 8 de setembro de 1850, nesta capital, a Associação Médico Farmacêutica, que foi a primeira sociedade científica criada no Estado. Seguiram-se-lhe: o Instituto Histórico e Geográfico Rio-Grandense, instalado a 7 de setembro de 1853, por iniciativa do Dr. Manoel Pereira Ubatuba; e a 16 de fevereiro de 1860 o Instituto Histórico da Província de São Pedro, do qual foi primeiro presidente o então barão de Porto Alegre.

Correio do Povo, 25/9/1910

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