Tom bebendo a água de beber, Vinicius ao violão...
Água de Beber é uma canção brasileira da bossa nova,
composta por Antonio Carlos Jobim, com a letra escrita por Vinicius de Moraes.
.
Em 1959, ao visitar as obras da
construção de Brasília, Tom conheceu uma pequena cascata que jorrava águas
cristalinas. Perguntou ao peão que o acompanhava; “Esta água é de beber?”
Respondeu o peão: “É água de beber, camará.” Assim conheceu a fonte de água e
de inspiração para a primeira música composta em Brasília.*
Outra versão:
A história é de Kléber Farias, um
dos engenheiros que ajudaram na construção de Brasília: Em 1959, época da
construção da nova capital, Juscelino convida Tom Jobim e Vinicius de Moraes
para passar uma temporada no Catetinho (palácio provisório, feito de madeira)
para compor uma sinfonia que deveria ser executada no dia da inauguração de
Brasília. Numa noite qualquer, Vinicius e Tom caminhavam perto do Palácio de
Madeira, “Quando ouviram o barulho da água daqui, que é atrás do Catetinho,
perguntaram para o vigia, “mas que barulho de água é esse aqui? Você não sabe
não? É aqui que tem água de beber, camará.” Assim conheceram a fonte, de água e
de inspiração para a primeira música composta em Brasília. Kleber
foi um dos primeiros a ouvir a música, cantada por Tom e Vinícius no único
hotel da cidade horas depois de compô-la.
Vinicius e Tom, com violão, defronte ao Catetinho, em 1959.
Catetinho antigo
Projetado pelo arquiteto Oscar
Niemeyer, o Catetinho foi erguido em apenas dez dias, sendo inaugurado em
novembro de 1956. O patrimônio é todo estruturado em madeira, o que o levou a
ser apelidado de “Palácio de Tábuas”.
O espaço tem visitação aberta ao
público. Os interessados em conhecer o local poderão acessar a suíte
presidencial, o quarto de hóspedes e a cozinha utilizada pelo ex-presidente JK.
Alguns objetos, roupas e imagens do ex-presidente também fazem parte da
exposição.
*Brasília foi inaugurada pelo
então presidente Juscelino Kubischek, em 21 de abril de 1960.
Água de Beber
Tom Jobim e Vinicius
de Moraes
Eu quis amar, mas tive medo.
E quis salvar meu coração,
Mas o amor sabe um segredo,
O medo pode matar o seu coração.
Água de beber,
Água de beber, camará.
Água de beber,
Água de beber, camará.
Eu nunca fiz coisa tão certa,
Entrei pra escola do perdão.
A minha casa vive aberta,
Abri todas as portas do coração.
Água de beber,
Água de beber, camará.
Água de beber,
Água de beber, camará.
Eu sempre tive uma certeza,
Que só me deu desilusão.
É que o amor é uma tristeza,
Muita mágoa demais para um coração.
Água de beber,
Água de beber, camará.
Água de beber,
Água de beber, camará.
A versão em inglês foi escrita por Norman Gimbel.
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