quarta-feira, 8 de abril de 2020

As principais descobertas da história da medicina



Bactérias
1675


(Anton van Leeuwenhoek: 1632 – 1723)

O primeiro avanço significativo foi a descoberta das bactérias. Apesar do estudo se desenvolver melhor apenas no século 19, o ponto de partida foi dado em 1675. A curiosidade neste marco é que não foi realizada por um médico, professor ou cientista, e, sim, por um comerciante.

O holandês Anton van Leeuwenhoek fabricava microscópios e conseguiu obter um aparelho com ampliação de mais de 200 vezes. Ao visualizar um pouco de água da chuva, ele percebeu microrganismos se agitando, que seriam denominados, posteriormente, como bactérias.

Séculos depois, o médico Robert Koch ganha notoriedade com a comprovação de que bactérias podem provocar doenças. Ele descobriu o bacilo causador da tuberculose, o que lhe rendeu um Prêmio Nobel de Medicina de 1905.

Vacina
1796


(Edward Jenner: 1749 – 1823)

A vacina foi criada no final do século 18, em uma época em que a humanidade sofria no combate contar a varíola. A descoberta veio em um período que a doença matava até 40% dos infectados e deixava sequelas.

Em 1796, o médico britânico Edward Jenner percebeu que trabalhadores responsáveis por ordenhar vacas que eram contaminadas com a versão bovina da doença, denominadas cowpox, ficavam imunes ao vírus dos seres humanos.

Com essa conclusão, ele retirou o pus de uma trabalhadora rural contaminada e injetou em uma criança de 8 anos. O paciente apresentou um quadro leve e, após 10 dias, estava curado. Devido a forma como foi descoberta, o nome vacina é uma derivação de “vaccinae” em latim, que significa “da vaca”.

Anestesia
1842


(Crawford Williamson Long: 1815 − 1878)

A anestesia é uma das grandes descobertas por trazer uma possibilidade, até, então, impossível: driblar a dor. O precursor da prática foi o médico norte-americano Crawford Williamson Long.

Long realizava reuniões na sua casa em que ele e os amigos inalavam éter sulfúrico. Nesses encontros, o médico observou situações em que encontrava lesões no próprio corpo, provenientes de quedas involuntárias, e, ao questionar os amigos, eles afirmavam que não sentiram dor alguma. A partir disso, supôs a possibilidade de resultados semelhantes ao ministrar a droga antes de realizar uma cirurgia.

Outros pesquisadores estudaram os efeitos da droga antes, mas nenhum deles levou suas conclusões à prática.

Raio X
1895


(Wilhelm Conrad Röentgen: 1845 − 1923)

Descoberto pelo alemão Wilhelm Conrad Röentgen, o raio-x foi um avanço impactante na sociedade da época. O alvoroço foi tamanho que, em menos de um ano após a descoberta, já haviam sido publicados aproximadamente 49 livros e panfletos, e 1000 artigos.

Em novembro de 1895, Röentgen realizava experimentos com um tubo de raios-catódicos. Ao ligar o tubo próximo de uma placa com platinocianeto de bário, notou-se luminosidade. Após testes, percebeu-se que a luz persistia até quando foi colocado um livro e uma folha de alumínio entre o tubo e a superfície.

Em dezembro daquele ano, foi registrada a primeira radiografia, quando ele fez a radiação atravessar por 15 minutos a mão de sua esposa Bertha.

Penicilina
1928


(Alexander Fleming: 1881 − 1955)

A descoberta da penicilina foi um acidente. Realizada pelo britânico Alexander Fleming, o médico saiu de férias e deixou uma das placas de cultura de uma bactéria em cima da mesa. Quando voltou, percebeu que a amostra estava contaminada por mofo.

O interessante é que ele ia lavar as placas quando seu assistente perguntou sobre o estudo. O médico examinou novamente e percebeu uma área transparente ao redor do mofo. Concluiu que o fungo soltava uma substância capaz de matar as bactérias.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o medicamento foi produzido em grande escala para fins terapêuticos − o que rendeu o Prêmio Nobel da Saúde a ele e aos cientistas Howard Florey e Ernst Chain, que retomaram a pesquisa.

(Artigo médico para o “Dia Mundial da Saúde”,
em Zero Hora de 7 de abril de 2020)

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