Bactérias
1675
(Anton van
Leeuwenhoek: 1632 – 1723)
O primeiro avanço significativo
foi a descoberta das bactérias. Apesar do estudo se desenvolver melhor apenas
no século 19, o ponto de partida foi dado em 1675. A curiosidade neste
marco é que não foi realizada por um médico, professor ou cientista, e, sim,
por um comerciante.
O holandês Anton van Leeuwenhoek
fabricava microscópios e conseguiu obter um aparelho com ampliação de mais de
200 vezes. Ao visualizar um pouco de água da chuva, ele percebeu microrganismos
se agitando, que seriam denominados, posteriormente, como bactérias.
Séculos depois, o médico Robert
Koch ganha notoriedade com a comprovação de que bactérias podem provocar
doenças. Ele descobriu o bacilo causador da tuberculose, o que lhe rendeu um
Prêmio Nobel de Medicina de 1905.
Vacina
1796
(Edward Jenner: 1749
– 1823)
A vacina foi criada no final do
século 18, em uma época em que a humanidade sofria no combate contar a varíola.
A descoberta veio em um período que a doença matava até 40% dos infectados e
deixava sequelas.
Em 1796, o médico britânico
Edward Jenner percebeu que trabalhadores responsáveis por ordenhar vacas que
eram contaminadas com a versão bovina da doença, denominadas cowpox, ficavam
imunes ao vírus dos seres humanos.
Com essa conclusão, ele retirou o
pus de uma trabalhadora rural contaminada e injetou em uma criança de 8 anos. O
paciente apresentou um quadro leve e, após 10 dias, estava curado. Devido a
forma como foi descoberta, o nome vacina é uma derivação de “vaccinae” em
latim, que significa “da vaca”.
Anestesia
1842
(Crawford Williamson
Long: 1815 − 1878)
A anestesia é uma das grandes
descobertas por trazer uma possibilidade, até, então, impossível: driblar a
dor. O precursor da prática foi o médico norte-americano Crawford Williamson Long.
Long realizava reuniões na sua
casa em que ele e os amigos inalavam éter sulfúrico. Nesses encontros, o médico
observou situações em que encontrava lesões no próprio corpo, provenientes de
quedas involuntárias, e, ao questionar os amigos, eles afirmavam que não
sentiram dor alguma. A partir disso, supôs a possibilidade de resultados
semelhantes ao ministrar a droga antes de realizar uma cirurgia.
Outros pesquisadores estudaram os
efeitos da droga antes, mas nenhum deles levou suas conclusões à prática.
Raio X
1895
(Wilhelm Conrad
Röentgen: 1845 − 1923)
Descoberto pelo alemão Wilhelm
Conrad Röentgen, o raio-x foi um avanço impactante na sociedade da época. O
alvoroço foi tamanho que, em menos de um ano após a descoberta, já haviam sido
publicados aproximadamente 49 livros e panfletos, e 1000 artigos.
Em novembro de 1895, Röentgen
realizava experimentos com um tubo de raios-catódicos. Ao ligar o tubo próximo de
uma placa com platinocianeto de bário, notou-se luminosidade. Após testes,
percebeu-se que a luz persistia até quando foi colocado um livro e uma folha de
alumínio entre o tubo e a superfície.
Em dezembro daquele ano, foi
registrada a primeira radiografia, quando ele fez a radiação atravessar por 15
minutos a mão de sua esposa Bertha.
Penicilina
1928
(Alexander Fleming:
1881 − 1955)
A descoberta da penicilina foi um
acidente. Realizada pelo britânico Alexander Fleming, o médico saiu de férias e
deixou uma das placas de cultura de uma bactéria em cima da mesa. Quando
voltou, percebeu que a amostra estava contaminada por mofo.
O interessante é que ele ia lavar
as placas quando seu assistente perguntou sobre o estudo. O médico examinou
novamente e percebeu uma área transparente ao redor do mofo. Concluiu que o
fungo soltava uma substância capaz de matar as bactérias.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
o medicamento foi produzido em grande escala para fins terapêuticos − o que
rendeu o Prêmio Nobel da Saúde a ele e aos cientistas Howard Florey e Ernst
Chain, que retomaram a pesquisa.
(Artigo médico para o
“Dia Mundial da Saúde”,
em Zero Hora de 7 de abril de 2020)
em Zero Hora de 7 de abril de 2020)
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