Portugal mandou-nos um príncipe,
D. João VI, que era o contrário de um príncipe na concepção popular: gordo,
flácido, mole, tinha mãos gordas, rosto balofo, lábios carnudos, pernas
inchadas; era sujo, glutão, sovina; no seu retrato psicológico, segundo Oliveira
Lima, era apático, acanhado, macio, generoso, curioso, engraçado, astucioso,
pusilânime; segundo João Ribeiro, era fútil, poltrão, desmoralizado; para sua
própria esposa, Carlota Joaquina*, que o traía escancaradamente, era homem de
duas caras.
(Do livro “Cultura de
Verniz”, de Roberto Menna Barreto)
* Conta-se que a rainha
portuguesa, Carlota Joaquina, foi a responsável pela invenção da caipirinha,
mandando, pois, misturar frutas com cachaça para fazer compotas e ingerindo
litros da mistura com gelo para se refrescar. Documentos mostram que a lista de
compras da cozinha do palácio onde vivia era encabeçada por imensas quantidades
de aguardente de cana.
Detestada pela corte portuguesa,
odiada pelo povo, a mulher que ficaria conhecida como A Megera de Queluz,
chegava a consumir 20
litros por dia do coquetel de lima, açúcar e cachaça.
(Do blog “AH
Aventuras na História”)
Não é comprovado que D. Pedro I
tenha bradado “Independência ou Morte”, às margens do Ipiranga, tão logo
recebei a carta que o intimava a voltar para Portugal: parece que reagiu, isso
sim, soltando sonoros palavrões − como era, aliás, do seu estilo; só em
seguida, certamente por inspiração dos ingleses (que não queriam aqui uma
República, mas sim um outro reino luso sob influência britânica), traduziu, sem
conhecer as origens, o grito “Independence or Death”, de Henry Patrick, herói
da independência americana: mas só da boca para fora, pois continuou súdito
fiel do pai.
(Do livro “Cultura de
Verniz”, de Roberto Menna Barreto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário