terça-feira, 1 de setembro de 2020

A caixa de rapé

 

“O comandante é responsável por tudo que acontece

ou deixa de acontecer no seu quartel.”

(dogma militar)

Correndo o risco de ser saudosista, mas ainda acreditando que no final o bem prevalecerá, recordo e divulgo um trecho da Ordem do Dia nº 51, de 20 de abril de 1852, emitida pelo então Conde de Caxias, em seu Quartel General localizado à margem esquerda do Rio Uruguai:

“... tendo notado com estranheza, que nas contas de um dos Hospitais estabelecidos em Montevidéu, além de outros gêneros extravagantes, aparecem artigos que jamais fizeram parte de dietas em hospital algum, tais como conservas, charutos e rapé, determinei ao Diretor do referido hospital que doravante restrinja seus pedidos apenas ao útil e necessário somente, prevenindo-o também que ordenei ao Encarregado de Pagamentos Militares que desconte de seus vencimentos a importância de duas caixas de charutos, uma caixa de rapé e três vidros de conservas. Informei-o ainda, bem como ao seu chefe imediato, de que fica inibido da direção do Hospital até segunda ordem.

... para que haja mais regularidade nesse ramo do serviço do Exército em operações, determinei que todos os pedidos dos Diretores dos Hospitais, depois de examinados pelo Sr Encarregado da Repartição da Saúde, a quem compete toda a fiscalização e Moralidade das despesas da mesma Repartição, sejam previamente apresentadas ao Sr Quartel Mestre General, a fim de serem por ele rubricadas”.

 Que falta que faz um Caxias!

                                              O velho Marechal



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