Por Kenneth Boa
Joe Louis* foi campeão mundial de boxe na
categoria de peso pesado, entre 1947 e 1949, ano em que se aposentou.
Certa vez, enquanto servia no
Exército, estava dirigindo seu carro com um companheiro, quando se envolveu num
pequeno acidente com um grande caminhão.
O motorista do caminhão desceu,
gritando e xingando Louis, que continuou sentado no banco do motorista,
sorrindo.
− Por que você não deu um bom soco
nele? − perguntou seu companheiro depois que o motorista do caminhão já tinha
ido embora.
− Por que deveria? − respondeu Joe. −
Será que, quando alguém insultava Caruso, ele cantava uma ária?
Essa é uma das minhas ilustrações
favoritas a respeito da identidade. O motorista desconhecia a verdadeira
identidade da pessoa a quem estava ofendendo, pois, caso contrário, ele o teria
tratado de maneira bem diferente! Por outro lado, Joe Louis sabia quem ele realmente
era: o melhor lutador de boxe do mundo − e não precisava provar nada a ninguém.
*******
Do livro “Histórias
para o coração do homem”,
Alice Gray, Al Gray,
organizadores.
Joe Louis versus Max
Schmeling no Yankee Stadium,
Bronx, New York, em 22.06.1938.
Bronx, New York, em 22.06.1938.
*Joseph Louis Barrow (La Fayette, 13 de maio
de 1914
− Paradise, 12 de abril
de 1981)
foi um pugilista
norte-americano. Considerado um dos
maiores pugilistas de todos os tempos, Louis manteve o título dos pesos pesados
durante doze anos (1937-1949), defendendo-o em 26
lutas. Uma de suas lutas que marcou a sua carreira foi contra o alemão Max
Schmelling, em 1938. Essa luta foi uma revanche de dois anos antes,
quando Louis sofreu uma das piores derrotas de sua carreira para ele. Ganhou
também contornos políticos depois que Hitler utilizou a vitória de Schmelling
como propaganda do nazismo, provando que a raça ariana era superior. No fim,
Louis venceu e manteve o seu título de campeão mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário